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Há 16 anos, preços de convênios médicos sobem mais que a inflação. Aprenda a avaliar o custo-benefício das ofertas do mercado e economize na contratação do serviço
por Flávia Marques
Atualizado em 11 de fevereiro, 2021
Encontrar um plano de saúde barato tem se tornado cada vez mais difícil para os brasileiros. Prova disso é que, segundo a Agência Nacional de Saúde (ANS), em apenas três anos houve queda de 3,1 milhões de usuários de convênios médicos no país.
Sem dinheiro para custear os tratamentos médicos, muitas dessas pessoas acabam migrando para o Sistema Único de Saúde (SUS). Então, surge mais um problema: quanto mais gente recorre aos serviços públicos, mais próximo o sistema fica da superlotação — e nem todos conseguem ser atendidos.
O aumento constante nos preços dos planos de saúde tem explicação. “Todo contrato de prestação de serviço mais duradouro, como o de um convênio médico, precisa sofrer reajuste”, comenta Ana Carolina Navarrete, advogada e pesquisadora em Saúde do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor). Segundo a especialista, em tese, esse reajuste é o que garante a manutenção das condições de contratação dos planos.
Em outras palavras, o sistema considera que a condição econômica do país e de seus habitantes evolui com o passar dos anos. Então, os contratos de serviços como planos de saúde precisam ser avaliados para que continuem tendo o mesmo valor para ambas as partes — contratante e contratado.
Além disso, outros fatores como o avanço da idade populacional e a alta demanda por serviços de saúde também contribuem para a alta dos preços. Segundo o governo federal, o sistema privado é responsável pelo atendimento de quase 40 milhões de pessoas no país.
Apesar da necessidade de manter os contratos de planos de saúde atualizados, os reajustes praticados nos preços são alarmantes. Em 2019, por exemplo, a ANS autorizou um aumento de até 7,35% na mensalidade dos planos individuais e familiares. Pelo 16° ano consecutivo, o valor subiu mais que a inflação.
Mas, então, como conseguir um plano de saúde mais barato? A seguir, separamos algumas orientações da especialista do Idec. Confira:
De acordo com Ana Carolina, a máxima “o barato sai caro” também se aplica à contratação de convênios médicos. Para a especialista, o consumidor que pensa em contratar ou mudar o plano de saúde individual não pode basear a escolha apenas nos preços.
Antes de tomar uma decisão, é preciso verificar se a empresa que oferece o plano é registrada na ANS e se está em regime de direção fiscal ou técnica. “As operadoras em regime de direção normalmente têm sérios problemas administrativos ou financeiros, e os clientes podem ser prejudicados”, alerta a advogada do Idec.
Essas informações podem ser consultadas facilmente, no portal da ANS ou pelo telefone: 0800 701 9656.
Para contratar um plano de saúde bom e barato, é preciso escolher aquele que oferece os serviços mais adequados às suas necessidades. Faça uma análise cuidadosa da cobertura assistencial do convênio para entender quais são os serviços atendidos.
Existem diferentes modalidades no mercado: os planos ambulatoriais, por exemplo, cobrem consultas, exames e atendimentos em pronto-socorro por até 12 horas. Já os hospitalares também cobrem internações. Os que têm serviços hospitalares e de obstetrícia, por sua vez, cobrem exames gestacionais e serviços de parto. “O mais interessante é o plano de referência, que abrange tudo isso”, recomenda Ana Carolina.
Não basta encontrar um plano de saúde barato: é preciso ter certeza de que a cobertura do serviço abrange todos os lugares para onde você vá. Alguns planos atendem o consumidor apenas no município ou estado em que reside, enquanto outros oferecem cobertura nacional.
Para quem viaja com alguma frequência, por exemplo, esse é um fator que merece ainda mais atenção. “O ideal é focar na amplitude de cobertura para que a pessoa fique o mais protegida possível, ou o pagamento do plano de saúde pode ser em vão”, recomenda a especialista do Idec.
Outro motivo justifica a importância de fazer uma pesquisa detalhada antes de escolher um plano de saúde: quando o consumidor contrata uma modalidade com cobertura mais restrita e acaba precisando de um serviço que o convênio não cobre, mesmo mudando de plano será preciso enfrentar um período de “carência”, sem assistência da operadora. Por conta disso, é possível que as suas necessidades não sejam atendidas imediatamente — o que é muito arriscado quando se trata de saúde.
Prevista em contrato, a carência é o prazo em que o consumidor paga a mensalidade mas ainda não pode usufruir de determinadas coberturas previstas. Mas há limitações para os prazos de carência: para atendimentos de urgência e emergência, é de 24 horas. No caso de consultas, exames, internações e cirurgias, 180 dias. Para a cobertura de parto, o limite de carência é de 300 dias.
Há cerca de cinco anos, o mercado de clínicas médicas populares, com atendimento via pagamento direto, começou a ganhar força no país. Ana Carolina Navarrete alerta sobre a utilização desse tipo de serviço como alternativa aos convênios médicos. “As clínicas privadas sempre existiram, mas agora mais empresas estão usando tecnologia para baratear custos e oferecer um serviço com preços, em tese, mais baixos”, comenta a advogada.
A especialista explica que em casos mais sérios, que exigem acompanhamento médico frequente, o consumidor que confia sua saúde às clínicas populares pode ficar na mão. “Quando o paciente precisa fazer uma cirurgia de uma hora para outra ou recebe um diagnóstico de câncer, por exemplo, as clínicas não o socorrem”, afirma.
Na visão da advogada, as clínicas populares podem ser uma boa opção temporariamente e para atendimentos ambulatoriais. Mesmo assim, é importante fazer os cálculos para entender se essa alternativa vale mesmo a pena. Dependendo do custo do tratamento e da quantidade de consultas e exames necessários para conseguir um diagnóstico, a despesa pode ser maior do que arcar com um plano de saúde por alguns meses.
À procura de um plano de saúde mais barato, muitos consumidores decidem contratar um convênio médico como Microempreendedor Individual (MEI). Impulsionada pelo alto desemprego, essa categoria tem crescido no país: nos últimos cinco anos, o acréscimo de microempreendedores no mercado foi de 120%.
No mercado, existem opções de convênios médicos com condições especiais para MEIs, mas nem sempre essa possibilidade é interessante como parece.
De cara, as ofertas de planos de saúde para microempreendedores podem ser atrativas, mas os reajustes de preços praticados para esse público são ainda maiores do que os registrados em planos individuais para pessoa física. “Nos planos de saúde coletivos, chegamos a verificar reajustes de 200%, 500% e até 3 000% ao ano”, comenta a advogada do Instituto de Defesa do Consumidor. “Ainda hoje, as ofertas para microempreendedores não têm qualquer proteção contra ajustes elevados, como os individuais têm”, explica.
Em resumo, apesar dos valores mais altos e opções reduzidas, os planos de saúde podem ser opções mais sustentáveis a longo prazo, já que seus reajustes tendem a ser menores.
Para tomar a decisão mais acertada, a recomendação é que a pessoa coloque as opções na ponta do lápis e faça um planejamento financeiro. “Enquanto o reajuste médio dos planos voltados a pessoas jurídicas varia em torno de 18% a 20% ao ano, o plano individual varia 7%”, comenta Ana Carolina.
Se você considera contratar um convênio médico para pessoa jurídica como forma de conseguir um plano de saúde mais barato, calcule o preço de entrada das duas modalidades, simule a aplicação desses reajustes nos próximos anos e, por fim, veja qual opção compensa mais.
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