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Para mais da metade dos consumidores, saldo do vale-refeição termina antes da próxima recarga. Entenda por que isso acontece e confira dicas para administrar melhor o benefício
por Flávia Marques
Atualizado em 11 de fevereiro, 2021
Quase todos os meses, a analista de marketing Hilda Sanches vê o saldo do seu vale-refeição acabar uma semana antes da recarga. E, para garantir o almoço nos últimos dias úteis sem prejudicar o orçamento, ela e outros colegas de empresa - que passam pela mesma situação - recorrem à marmita.
Mais da metade dos trabalhadores conhece essa realidade. Segundo um estudo recente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), 52% dos consumidores que recebem esse benefício extrapolam o valor antes de o mês terminar.
Uma das questões que ajuda a justificar a dificuldade de administrar o vale-refeição está relacionada aos hábitos de consumo. Isso porque um terço (33%) dos trabalhadores utiliza o benefício para outras finalidades que não são o almoço no expediente. As mais comuns são café da manhã e lanches em padarias, saídas aos fins de semana e outras despesas relacionadas ao lazer.
De acordo com o educador financeiro do SPC Brasil, José Vignoli, utilizar o tíquete para ajudar nas despesas de restaurante e nas compras em supermercados ou padarias não é proibido, desde que o uso seja bem administrado e não comprometa a sua finalidade principal - garantir o almoço nos dias de trabalho.
O especialista reforça que definir um limite diário é uma boa estratégia para controlar o orçamento. “Se os gastos forem excessivos, talvez seja a hora de rever as escolhas. Uma boa saída é optar por restaurantes mais baratos ou levar comida de casa para o trabalho”, afirmou.
Leia também: Como economizar no supermercado?
Mas ultrapassar o valor do vale-alimentação nem sempre é sinônimo de falta de planejamento financeiro. Para alguns trabalhadores, a quantia recebida é muito baixa e, por isso, funciona apenas como uma ajuda de custo.
Hilda, por exemplo, recebe o equivalente a R$18 de vale-refeição por dia. Segundo ela, o valor está muito abaixo do preço médio dos restaurantes do Centro de São Paulo, onde trabalha. Em casos como esse, o consumidor precisa adotar algumas práticas para conseguir que o benefício dure até o fim do mês e não comprometer parte do orçamento para fazer as refeições.
Confira, a seguir, algumas dicas para se manter durante o mês todo com o saldo do vale-refeição:
Muitos consumidores costumam olhar apenas para o valor total creditado no vale-refeição mensalmente. Dividir essa quantia pelo número de dias úteis do mês é fundamental para ganhar noção de quanto se pode gastar diariamente, o que ajuda a controlar os gastos.
Se você recebe R$400 reais deste benefício por mês e trabalha 20 dias, pode gastar, em média, R$20 por dia. Se hoje o almoço custar R$25, por exemplo, tente gastar apenas R$15 no dia seguinte para tentar permanecer dentro da média.
Fazer isso não é tão difícil: hoje, grande parte das empresas de benefícios têm aplicativos que calculam esse valor com base no que o trabalhador consumiu nos dias anteriores.
Alguns hábitos parecem inofensivos, mas podem ser os culpados por fazer o vale-refeição não durar até o fim do mês: beber enquanto come e pedir sobremesa depois do almoço são alguns exemplos. Juntos, esses itens podem acrescentar mais de R$10 na conta, dependendo da região em que se trabalha.
De modo geral, restaurantes à la carte são mais caros do que as opções por quilo. Avalie a possibilidade de fazer essa troca e, se você come pouco, a mudança será ainda mais vantajosa. Mas, se você gosta de comer mais no almoço, prefira restaurantes no esquema “coma à vontade”, onde você paga um valor fixo no buffet.
Algumas vezes, é normal querer almoçar em lugares mais refinados e experimentar pratos diferentes. Mas, se o objetivo é manter o equilíbrio do orçamento, lembre-se de que essas refeições devem ser exceções. Se o gasto com o almoço superar a média calculada no início, compense o excesso nos demais dias.
Grande parte das empresas têm espaço para os funcionários fazerem refeições. Reunir os colegas e combinar pelo menos um dia da semana para todos levarem marmita pode ser interessante para economizar sem abrir mão de interagir com a equipe.
Para conquistar mais clientes, alguns restaurantes, principalmente por quilo, têm programas de fidelidade. Para quem costuma fazer refeições desse tipo com frequência, o ideal é buscar essas promoções para garantir uma refeição gratuita ou descontos algumas vezes por mês.
Para que trabalha em empresas com horários mais flexíveis, uma forma de economizar é almoçar mais cedo, antes do meio-dia, ou esperar até depois das 14h. Nesses horários menos movimentados, muitos restaurantes cobram mais barato pelo quilo. Avalie se essa é uma alternativa interessante para você.
Outro fator contribui para que muitos trabalhadores fiquem sem saldo no vale-refeição: a comercialização do benefício. A prática é proibida e pode até acarretar demissão por justa causa, mas tem sido bastante comum. Segundo o mesmo estudo da CNDL/SPC, 39% dos consumidores que recebem o benefício têm o hábito de vender os seus tíquetes.
Grande parte desses consumidores usa o vale-refeição como forma de complementar a renda mensal: 44% dos que vendem usam o valor para pagar contas.
Mas também existem outros motivos relacionados a esse comportamento de transformar o benefício em dinheiro, que não apenas a necessidade de complementar o orçamento, segundo a pesquisa. Fazer compras foi a principal finalidade apontada por 36% dos entrevistados, enquanto 21% disseram guardar o valor que recebem e 17% reservam para atividades de lazer.
A economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawati, explica que, além de colocar o emprego em risco, a prática também não é um bom negócio do ponto de vista financeiro. Isso porque muitos trabalhadores acreditam que vão economizar dinheiro usando o benefício para quitar dívidas, mas se esquecem de que ele perde valor no momento da venda. “Quem compra costuma cobrar um percentual, levando o trabalhador a perder parte do valor do benefício”, comenta Marcela.
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